AS FORÇAS DO BEM

Obra Ditada pelo Espírito do Apóstolo Thomé
 
O Fiel Apóstolo de Jesus

CAPÍTULO 11
 

GOVERNAR COM ÊXITO 

Muitos homens da presente geração, dentre os que se encontram à frente da direção dos povos, estão vivendo pela última vez sua encarnação terrena. Já aqui estiveram numerosas vezes e tiveram também em suas mãos o destino dos países e dos povos que presentemente governam. No último estágio que desfrutaram no mundo espiritual, foram esses homens convenientemente instruídos acerca de sua missão na Terra nos dias que correm, e todos se comprometeram a usar o poder exclusivamente para o bem dos seus governados. Certo é em verdade, que o cérebro físico do ser encarnado não consegue recordar muitas vezes o que lhe está gravado na memória espiritual, e daí os desvios de ação administrativa que freqüentemente ocorrem, conduzindo não poucos desses homens à prática de violências, com a supressão do que se convencionou chamar liberdades públicas. 

Isto acontece, ainda, também em virtude de outros fatores. Todos esses homens a quem a Providência concedeu o privilégio da função de governar frações deste minúsculo planeta, todos esses homens estão cercados e assistidos por três grupos de auxiliares, ou assessores. Têm todos eles o seu gabinete formado de homens escolhidos entre os que lhes parecem mais capazes ou mais afins com o seu modo de pensar em face dos problemas administrativos e políticos, cuja palavra ouvem com atenção e seguem ou não segundo seu próprio raciocínio ou interesse. Desse grupo de seres encarnados fazem parte, por sua vez, dois tipos distintos: os que se devotam com sinceridade ao mister de aconselhar somente para o melhor êxito da tarefa de seu chefe, e os que se aproveitam da oportunidade que pode ser-lhes a última, de subir um pouco mais na carreira que abraçaram, e tudo fazem, pensam e dizem, unicamente com esse objetivo reservado. Isto quanto aos auxiliares, assessores, ou mesmo os de mais elevada categoria. 

Há, entretanto, cercando, auscultando, vigiando os menores atos desses homens, a quem chamarei aqui Chefes de Estado, dois outros grupos de seres invisíveis que influem no que podem, em relação aos atos por eles praticados. Falarei primeiro dos seres invisíveis que se empenham (e de que maneira!) em desviar-lhes o pensamento e alterar-lhes o raciocínio, para que seus atos determinem a sua queda, desastrosa se possível, perante seus governados e, conseqüentemente, perante o próprio mundo, conduzindo-os ao fracasso e à ruína político-administrativa. Este grupo de invisíveis dispõe de grande poder, sobretudo pela habilidade que possui em divulgar como atos infelizes certos procedimentos colhidos do elemento por eles visado. A todos os momentos esse grupo de invisíveis procura inspirar ao governante as idéias mais estapafúrdias, na tentativa de alcançar seu desejado objetivo: o fracasso mais espetacular. Isto eles o fazem como procedimento normal de Espíritos maldosos que ainda são, mas também por espírito de vingança sugerida por faltas cometidas contra eles em anteriores encarnações. Este último motivo é assaz poderoso, e por vezes conduz o visado à derrota e ao sofrimento. 

O outro grupo de assessores invisíveis do Chefe de Estado é constituído por Entidades luminosas, que pelo seu devotamento ao bem da Humanidade, se reúnem em torno dos encarnados detentores de poderes sobre seus semelhantes, e tudo fazem no sentido de neutralizar as más influências dos Espíritos malévolos, projetando sobre a mente daqueles a quem desejam ajudar, idéias sãs, úteis e por isso progressistas, visando à felicidade e ao bem-estar de todos os governados ou por eles conduzidos. Uma espécie de luta então se trava no plano invisível, entre os inspiradores do bem e do mal, da qual o governante nem sequer suspeita, sendo ele, não obstante, o decididor dessa luta. 

Como assim? — perguntar-me-eis. E eu vos responderei que, tal seja o nível moral, a conduta, o procedimento e os sinceros objetivos desse homem, a balança penderá para um ou outro lado: para o êxito da sua administração ou para o seu fracasso. Partindo do célebre princípio de que os semelhantes se atraem, a vida, a conduta moral e os sinceros objetivos visados por esse homem público, farão prevalecer as boas influências que o cercam, ajudando-o, inspirando-o, aconselhando, sugerindo e divulgando medidas verdadeiramente úteis, ou, de modo oposto, ele próprio dará a vitória às forças do mal e então sua queda pode ser definitiva.

Gostaria então que me perguntásseis, finalmente, vós todos que me ledes: Haverá porventura um meio de os nossos Chefes de Estado alcançarem vitória sobre essas poderosas forças maléficas, e seguirem fielmente a inspiração das Forças do Bem? 

Há, sim, irmãos meus; e todos os governantes do mundo que conseguiram no passado e os que no presente conseguem realizar administrações realmente úteis e progressistas utilizaram e utilizam esse meio, que é único. Consiste esse meio tão simples mas verdadeiramente eficaz, em colocar-se o homem diariamente em comunhão mental com Deus, no recolhimento do seu lar, como no silêncio do seu gabinete quando algum fato, assunto ou problema de magna importância se lhe apresente para resolver, pedindo a Deus a ajuda das Forças do Bem, sua inspiração e auxílio, mas faça-o sincera e devotadamente, para que as luminosas Entidades que o cercam, possam transmitir-lhe a idéia que pode ajudá-lo a solucionar acertadamente o problema. É esta uma fórmula que não falha, porque nada falha quando a divina inspiração e ajuda são solicitadas. 

Aí tendes, queridos irmãos, uma fórmula que deve ser utilizada, não só pelos Chefes de Estado como também por quantos desejem afastar as pedras do caminho. Se a empregarem todos os governantes da hora que passa, afastadas estarão para sempre as perspectivas de luta entre os povos e o progresso humano não terá limites. 

Os governantes, mais do que ninguém, necessitam de examinar-se intimamente, perscrutar suas tendências e objetivos, para melhor poderem contar com a ajuda de Deus em suas árduas tarefas; porque, se disto se divorciarem, ai deles nos tempos que estão por vir... Meditem sobre isto quantos detêm em suas mãos uma parcela de poder, e certamente bendirão um dia mais este conselho de seu dedicado amigo — Irmão Thomé.

 
 
Psicografada por
Diamantino Coelho Fernandes

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