DERRADEIRA CHAMADA

Obra Ditada pelo Espírito do Apóstolo Thomé
 
  Sob a Nova Ordem de Jesus  
 

CAPÍTULO 55

 
     
     
 

“TUA FELICIDADE NÃO ESTÁ EM TI”

 
     
 

Os homens que primeiro povoaram a Terra, quanto este pequeno mundo pouco mais representava do que uma superfície inóspita, carente de tudo quanto apareceu com o decorrer dos séculos e milênios, aqueles primeiros homens, sendo embora espíritos encarnados, mantinham-se constantemente ligados pelo pensamento ao plano espiritual, donde poderei dizer que espiritualmente se alimentavam. 

A vida terrena cifrava-se então na produção e aproveitamento dos produtos naturais do solo, aqui transplantados e aclimatados milênios antes do homem, e na criação dos animais domésticos e caseiros, dos quais os homens de então se aproveitavam como alimento e comércio. Com o decorrer dos séculos, a vida terrena foi melhorando sua vivência, graças à vinda de espíritos bastante evoluídos que foram descobrindo aos terrenos novos meios de progresso, desde a simples chama produzida por algumas substâncias oleosas até aos meios de transporte que tanto se faziam necessários na Terra. O progresso se acentuou, pois, em vários setores da vida terrena, inclusive nos processos de escrita e contabilidade, desde os primórdios em que tais meios se fizeram conhecidos por toda a superfície habitada. Os homens, contudo, permaneciam interligados ao mundo espiritual, donde recebiam as idéias que iam sendo postas em prática em benefício de todos. Seus Espíritos buscavam diariamente em horas certas e mesmo quando sentiam necessidade, a inspiração do Alto, à qual atribuíam então procedências várias, segundo a crença que melhor lhes parecia refletir a emanação do Grande Construtor do Universo. 

O que neste relato sucinto eu desejo assinalar, é a maneira com a qual muito se preocupavam os homens do passado, relativamente à proteção espiritual que constantemente buscavam, sem a qual acreditavam piamente não poderem viver na Terra. Semelhante linha de proceder correspondia em verdade às esperanças do Senhor Jesus, no seu empenho denodado em conduzir a humanidade terrena à meta do seu destino espiritual, para que pudessem todos os Espíritos encarnados na Terra alcançar em poucos milênios uma merecida promoção a mundos bastante mais evoluídos do que este. 

Este era o grande empenho do Senhor Jesus, secundado por milhares de seus mensageiros mandados à Terra em todas as épocas para servirem de guias aos homens de seu tempo. Infelizmente, porém, a reencarnação de certo número de Entidades que na Terra conseguiram dar expansão aos seus pendores inteiramente contrários ao progresso humano, determinou o surgimento em várias latitudes de disputas guerreiras pelo domínio da Terra, como se tal coisa fosse possível ao ser humano, e isso levou a humanidade a um estágio em seu progresso moral, por força dos choques que se verificavam por toda a parte como expressão das loucas ambições humanas. 

Homens, ou melhor, Espíritos que no Alto se haviam comprometido a impulsionar o progresso humano sob vários aspectos, e que por isso foram conduzidos pelas Forças do Bem ao governo das nações importantes, desmandaram-se completamente ao verem-se contrariados em seus propósitos, fazendo então correr rios de sangue segundo costumais dizer na Terra. 

As Forças do Bem não desanimaram contudo, e trataram de limitar o quanto possível a ação daqueles governantes que se esqueceram completamente de Deus, julgando-se até alguns deles como sendo eles próprios o Poder Universal. Assinalou-se desde então um decréscimo da idéia de Deus no coração dos encarnados, com o que diminuída ficou também a possibilidade de solução pacífica dos grandes problemas que a vida terrena defrontava. Devo dizer-vos de passagem, meus irmãos e amigos, que no Alto chegou a constituir objeto de estudo a idéia da extinção total da humanidade de há cerca de vinte e tantos milênios, para em seu lugar ser trazida outra raça menos ambiciosa e bulhenta para recomeçar o povoamento da Terra. Este seria naturalmente o recurso derradeiro de que as Forças do Bem lançariam mão para solucionar o grande problema do entendimento e fraternidade humana. 

Ao termo de magna assembléia realizada num planeta bem mais evoluído que a Terra, foi deliberado encaminhar-se para este planeta uma geração de Entidades de grande evolução, viventes no mundo onde se reunira a assembléia referida, as quais realmente aqui encarnaram, lutaram e sofreram com o propósito de implantar no solo terreno um bom número de melhoramentos que passaram a constituir motivo de maior harmonia entre os homens. Os vestígios da estada na Terra das Entidades a quem me refiro, ainda existem em vários pontos, alguns deles ainda não compreendidas ou mal traduzidos pela humanidade presente. Refiro-me, por exemplo, àqueles portentosos monumentos erigidos no Norte do Continente Africano em forma de pirâmide, onde se encontram registrados não só a história daqueles Espíritos como também o percurso a ser seguido na Terra para o seu regresso ao mundo espiritual do qual procederam. E não foram compreendidos tais monumentos pela humanidade dos últimos milênios, pela razão de não ter sido ainda descoberta a chave espiritual da linguagem secreta que neles se encerra. Uma vez descoberta, porém, o que está para verificar em breves lustros, verá com alegria a humanidade terrena os sólidos princípios espirituais dominantes nas Entidades que tais monumentos erigiram na Terra. 

Sem pretender desvendar segredos que não me pertencem, mas unicamente à geração de Entidades que de muito boa vontade aceitaram viver entre os encarnados da época, sempre revelarei algo do muito que deixado foi em relevo nos históricos monumentos em forma de pirâmide. Ali se recomenda, por exemplo, este grande e luminoso principio: - Tua felicidade não está em ti mas no teu Deus; põe-te em vibração constante com teu Deus para estares com Ele feliz. Outro principio gravado nesses monumentos graníticos é este: - O trabalho não requer só esforço; principalmente perfeição; trabalha com braços e coração. Outro ainda refere-se à convivência humana e diz o seguinte: - Tu e teu vizinho sois um só; todos os homens unidos formam Deus. 

Deduz-se desses princípios que venho de transcrever, a idéia mater da humanidade em si, que não distingue os indivíduos em particular, mas procura fazer compreender a necessidade da união fraternal entre todos, levando-os assim à expressão máxima da própria Divindade. Esta idéia vem sendo pregada de século em século, e há muitos milênios através de gerações e gerações de Espíritos que passaram pela Terra, no elevado esforço de que venha um dia a ser aqui fraternalmente praticada. 

Se percorrerdes pacientemente a história das várias religiões conhecidas na Terra, ireis encontrar princípios semelhantes, tentando nortear os homens e mulheres no carinho da união fraternal e de repúdio aos propósitos ambiciosos de predominância. Tem sido grande, em verdade, o esforço desenvolvido neste sentido pelas Forças do Bem junto aos seres encarnados, mercê do empenho de Nosso Senhor Jesus em poder registrar em seu coração magnânimo tão bela fase de progresso por parte de todos os homens e mulheres viventes na Terra. Chegou, porém, o momento decisivo para todos, com a proximidade do novo estágio evolutivo a ser operado na Terra a partir do início do próximo século. Haverá porventura, entre os encarnados da hora presente, alguém que possa recuar a inscrição do princípio de fraternidade em seus atos e pensamentos diários? Creio poder afirmar que absolutamente ninguém. Afirmo e desejo, antes, que todos os felizes leitores de meus conselhos já se encontram perfeitamente integrados naqueles luminosos princípios que os hão de conduzir à verdadeira felicidade no mundo espiritual. Que assim seja!

 

 
     
Psicografada por
Diamantino Coelho Fernandes

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