E L U C I D Á R I O

Obra Ditada pelo Espírito de Paulo de Tarso
 
  Sob a Nova Ordem de Jesus  
 
 
  CAPÍTULO 20  
     
     
 

A Terra sem a projeção luminosa - Interdependência universal - Interdependência humana e espiritual - As grandes preocupações do Senhor - A evolução do Espírito - A maior riqueza que podereis: levar da Terra - Todas as escolas religiosas sem distinção

 
     

 

 A luz projetada pelos mundos iluminados sobre aqueles que não possuem, e que são ainda milhões deles a rolar no infinito, é que proporciona aos respectivos habitantes condições que lhes permitem permanecer em seu veículo denso nesses mundos. Sem a luz projetada pelos mundos iluminados, a vida seria impossível na quase totalidade dos que a não possuem, em cujo número teremos de incluir o mundo terreno.

Efetivamente, a Terra sem a projeção luminosa que sobre ela se derrama, seria um planeta absolutamente incompatível com a vivência humana. Suas plantas morreriam por falta de alimento atmosférico impregnado do nitrogênio, o oxigênio desapareceria e a vida humana cessaria por completo na superfície. De maneira que a vida de todos os seres na Terra está condicionada à projeção luminosa constante, ininterrupta, de outros planetas do seu sistema solar. Resulta deste fato o desenvolvimento de todos os setores do progresso humano, desde os mínimos aos máximos detalhes da vida material de todas as criaturas. Sem a luminosidade projetada sobre a face da Terra durante as vinte e quatro horas do dia, o ar se tornaria irrespirável tanto ao ser humano como aos animais, cessando a vida também sob as águas, que se tornariam compactas pela ausência do hidrogênio que as mantém no estado de fluidez atual. 

Vemos pelo que acabo de expor que o vosso planeta não possui vida própria como poderíeis supor, mas depende em determinado grau daqueles que projetam suas irradiações benéficas sobre ele. Isto acontece em virtude da interdependência de tudo quanto existe no Universo, da mesma maneira que existe a interdependência entre os seres humanos viventes na Terra ou em outros planos da vida universal. Conscientes então dessa verdade, de que a vida terrena é um misto de interdependência e dependência, pois que jamais algum ser humano se bastou a si próprio, devem os homens e as mulheres submeter este fato à sua meditação constante, com o que atrairão novas luzes para o Espírito, em face da amplitude de raciocínio que adquirirão. No dia em que os seres humanos se capacitarem desta verdade, mais antiga do que a totalidade dos mundos habitados, suas vidas alcançarão um tal sentimento de solidariedade, que será capaz de eliminar por si só quase todos os prejuízos decorrentes da ambição de grandeza ou superioridade sobre os seus semelhantes. 

A interdependência humana pode ser constatada nos mínimos detalhes da vida de cada um, desde o ato do nascimento ao sepultamento, e em meio a todos os demais que forem praticados no intervalo destes dois. Em nada, pois, deve o homem considerar-se independente, quer seja no período de sua permanência no solo terreno, quer o seja após o regresso ao seu plano de vida espiritual. Se eu vos disser aqui, estimados leitores, que nem o Senhor Jesus se considera independente em sua vivência espiritual, estarei dizendovos uma autêntica verdade porque realmente assim é. O Senhor Jesus, investido pelo Pai Celestial da responsabilidade de presidir à evolução da humanidade terrena, tanto durante o período em que as almas aqui se encontram encarnadas, quanto em seus estágios nos diversos planos espirituais, o Senhor Jesus sente-se de tal maneira ligado ao progresso evolutivo de cada uma, que sua preocupação de todos os instantes o torna interdependente para com todas elas. 

Poderá parecer aos menos ingressados nesta ordem de conhecimentos espirituais, que Nosso Senhor Jesus, como Espírito da mais elevada categoria que é, possa considerar-se absolutamente independente perante a humanidade que lhe foi confiada para governar, podendo por isso viver uma existência de tal modo independente que nenhum problema exista jamais a toldar as claridades da sua existência de ser privilegiado e feliz. O Senhor Jesus, enfeixando responsabilidades que nenhum de vós jamais poderá imaginar, porque sua atenção e desvelo têm de abranger bilhões ou trilhões de almas em pleno desenvolvimento espiritual, podeis crer que não se passa um minuto sequer em que sua atenção, suas vistas e seu desvelo não estejam fixados individualmente em cada um dos seus guiados, seja naqueles que na Terra se encontram angariando novas luzes para o Espírito, seja em quantos repousam nos planos estagiários do Além, no período de assimilação do que na Terra realizaram de bom e de útil em sua última estada neste planeta. 

Por esta exposição sucinta podereis fazer uma pequena idéia das preocupações do Senhor nas vinte e quatro horas do dia, em que seus pensamentos e cuidados se encontram fixados em todos vós, acompanhando vossos atos, atitudes e pensamentos, procurando conduzir a todos da melhor maneira pelo único caminho que conduz os seres humanos à sua verdadeira paz e tranqüilidade espiritual. Quando ascenderdes um pouco mais na escala do progresso espiritual, haveis todos vós de constatar que quanto maior for o progresso espiritual, maiores serão também as responsabilidades de cada um. Com a ascensão espiritual dá-se o refinamento da sensibilidade do indivíduo, o que lhe permite abranger cada vez um campo maior e mais vasto de atividades, nascendo daí o sentimento da necessidade do próprio indivíduo tentar realizar também algo mais do que até então, do que resulta um aumento de responsabilidade para si próprio. A certa altura da nossa evolução espiritual, (eu digo nossa porque somos todos iguais) passamos a encarar a vida universal por um prisma diferente daquele que conhecíamos, apresentando-se-nos novos e importantes detalhes algo surpreendentes. A evolução do Espírito coloca-o lentamente em contato com processos e ensinamentos verdadeiramente surpreendentes, porque jamais imaginados, e isto leva o Espírito cada vez mais à convicção de que, embora ele seja um ser aparentemente independente, sua vida, a sua felicidade, a sua paz e tranqüilidade encontram-se cada vez mais condicionadas à felicidade, paz e tranqüilidade dos seus semelhantes. Nasce então ou se desenvolve desse sentimento novo, o desejo ardente, o empenho necessário de ajudar os menos evoluídos a galgarem também o degrau em que esse Espírito se encontra, para que, evoluindo todos, todos possam gozar por igual à paz e a felicidade que a evolução nos proporciona. 

Não são outros os motivos pelos quais eu me encontro novamente na Terra, desta vez em Espírito, tentando incutir nos vossos Espíritos a idéia grandiosa de que o vosso progresso evolutivo constitui a maior riqueza que podereis levar da Terra, porque, sendo um patrimônio do vosso Espírito, só terá probabilidades de crescer e se multiplicar com o decorrer dos anos ou séculos, multiplicando-se paralelamente a vossa felicidade espiritual. Desejo esclarecer em continuação ao que ficou dito, que a evolução alcançada pelo Espírito, proporcionando ao mesmo uma visão maior do panorama universal, e com ele maiores responsabilidades, em nada pode atemorizar quem quer que seja, uma vez que a sua felicidade corre em paralelo com a sua evolução. E aqui eu me reporto ao que escrevi a respeito das responsabilidades do Senhor Jesus, que são grandes, imensas, inavaliáveis por nós outros. Há uma espécie de alegria na vida espiritual de todas as almas, que se constitui na maior recompensa para elas em face do que de bom possam ter proporcionado a outrem. No caso de Nosso Senhor Jesus, por exemplo, não encontra este elevadíssimo Espírito alegria maior, e portanto maior compensação para os imensos cuidados e preocupações com que conduz o seu rebanho terreno, do que registrar em seu magnânimo coração o comportamento dos seus guiados terrenos, face aos ensinamentos e conselhos que eu e outros emissários estamos difundindo perante os nossos irmãos encarnados, que sois todos vós estimados leitores. E como os dias que se aproximam da Terra prometem surpresas jamais imaginadas pelos homens e mulheres destes dias finais do século XX, Nosso Senhor Jesus tem redobrado de cuidados e preocupações pela comodidade de todos os encarnados.

Seria para desejar, por conseguinte, que estas linhas não fossem apenas lidas com a curiosidade de chegar ao fim do livro, porém meditadas, parágrafo por parágrafo, porque isso revelará nas entrelinhas ao entendimento do leitor, uma parte talvez substanciosa do que está para acontecer neste pequeno mundo terreno. Já estais perfeitamente informados em linhas gerais da necessidade sentida no Alto de operar certas modificações na estrutura da Terra, a fim de melhor aproveitar áreas enormes até hoje improdutivas, para a manutenção e progresso dos seus habitantes. Essas modificações foram planificadas desde muitos anos no Alto, para serem realizadas precisamente neste fim de século, em face de determinadas condições francamente propícias a se verificarem em todo o sistema que envolve a Terra. Desse fato devem resultar desencarnações possivelmente em número avultado, cujas almas serão recebidas, assistidas, ou conduzidas carinhosamente pelas organizações incumbidas dessa tarefa, conforme explicou o Irmão Thomé em seus livros que conheceis. 

É necessária, entretanto, uma preparação daqueles que poderão desencarnar em conseqüência dos fatos anunciados. Essa preparação não apresenta a menor dificuldade porque consiste de bem pouca coisa: apenas o contato diário dos seres humanos com as Forças Superiores por meio da oração, como sabeis. Seria realmente para lamentar se após a verificação dos fatos, houvesse necessidade das Forças Superiores terem de lançar suas redes no vácuo existente fora da atmosfera terrena, a fim de recolherem as almas desprevenidas ou incrédulas. E para que isso não aconteça é que tudo foi previamente estudado, previsto e programado, com vistas inclusive ao recolhimento na atmosfera terrena ou fora dela de todas as almas dos encarnados que, mais preocupados com interesses transitórios, se descuram daqueles que verdadeiramente devem constituir a finalidade de sua vinda a Terra.

Para finalizar eu vos direi algo muito interessante porque da maior utilidade para todos vós enquanto na Terra. Refiro-me aos vossos conhecimentos religiosos em relação ao que venho dizer-vos. No Alto como na Terra são respeitadas todas as escolas religiosas, porque todas elas têm sua utilidade, segundo o entendimento de seus adeptos. Isto não impede, porém, que os adeptos de qualquer escola religiosa se preparem para deixar a Terra a qualquer instante em que possam ser levados a isso, porque o socorro espiritual não faz distinção entre católicos, evangelistas, islamitas, israelitas, budistas ou induístas, porque, sendo todos filhos do mesmo Deus embora subordinados a correntes de pensamento diferentes, todos serão recebidos, assistidos ou socorridos com o mesmo empenho e carinho. As organizações socorristas estão preparadas para atender a todos os que vierem a desencarnar na Terra em face dos trabalhos em andamento, conduzindo seus Espíritos aos planos a que pertencerem, segundo o respectivo grau de desenvolvimento espiritual. Todos os filhos são iguais perante o Pai Celestial.

 

 

 

 

Psicografada por
Diamantino Coelho Fernandes

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