E L U C I D Á R I O

Obra Ditada pelo Espírito de Paulo de Tarso
 
  Sob a Nova Ordem de Jesus  
 
 
  CAPÍTULO 23  
     
     
 

Um esforço que não deve perder-se - Outro ângulo dos fatos em perspectiva - Detalhe da vida espiritual ainda pouco conhecido: a chegada no Além - Um fato que não deve repetir-se - A ação das forças do mal

 
     

 

 Os Espíritos que receberam do Senhor do Mundo a graça de virem à Terra para viverem a fase atual do planeta, a fase preparatória dos magnos acontecimentos que hão de transformar substanciosamente as condições de vida dos seus habitantes futuros, esses Espíritos devem considerar-se felizes em poderem testemunhar o que vem por aí. Tendo estado na Terra em várias épocas, como agora, em busca de mais luz e experiência para a construção do seu progresso espiritual, os Espíritos que na Terra se encontram nesta segunda metade do século já são possuidores de certo nível evolutivo, o bastante para que possam compreender e assimilar quanto lhes vieram dizer os mensageiros de Jesus ao ouvido espiritual. 

Seria para lamentar, e muito, se este esforço que faço para permanecer em Espírito num ambiente saturado da materialidade mais grosseira, assim como sucede a numerosos outros mensageiros de Jesus, seria para lamentar, repito, se o nosso esforço viesse a perder-se pelo seu não aproveitamento pelos irmãos encarnados. Isto não acontecerá todavia, ou só acontecerá numa percentagem mínima, para o bem e felicidade da grande maioria que o está recebendo com vivo interesse. O nosso empenho em traduzir de toda maneira as advertências que estão sendo feitas a todos os homens e mulheres deste fim de século, é devido à necessidade de que toda a população terrena se encontre prevenida para o que possa acontecer à volta de cada ser humano. Por isso é que estamos repetindo conselhos e advertências já feitas, seguindo o velho conceito de que as coisas muito importantes devem ser ditas e repetidas para que jamais se esqueçam. 

Segundo o que vem sendo observado do Alto por mensageiros especializados, as vibrações emitidas por um grande número de seres humanos que tiveram a ventura de tomar conhecimento do assunto através dos livros de Thomé, já representam uma vontade decidida de seguir fielmente os conselhos e ensinamentos divulgados por aquele dedicado servidor de Jesus. Isto quer dizer que muitas mentes humanas passaram a funcionar também no plano espiritual, na ligação procurada com as Forças Superiores, tal como nos manda recomendar o Senhor Jesus. Nosso desejo e nosso esforço constante são no sentido de que aumente diariamente o número de encarnados que assim procedam, porque o farão no seu exclusivo bem e felicidade espiritual. Nós que nos empenhamos neste trabalho de divulgação pela palavra escrita, participamos da alegria e felicidade que aguardam no Alto todos os homens e mulheres que resolveram dar atenção às nossas palavras e se preparam para mais alto merecimento. 

Nosso Senhor acaba de me determinar que chame a atenção dos leitores para um outro ângulo dos fatos que devem verificar-se bem proximamente no solo terreno. Refiro-me ao que se relaciona com o lado moral de quantos se encontram na Terra nestes anos finais do século. Será de grande valor para todos a circunstância de que se encontrem preparados para deixar a Terra de um momento para outro, embora isto só possa verificar-se muito mais tarde, pelo esgotamento natural da vitalidade orgânica de cada um. O fato de terem os encarnados recebido na mais alta conta os conselhos e ensinamentos divulgados por este e outros livros, já terá produzido no Espírito de cada um um efeito moral apreciável, traçando possivelmente um roteiro moral que sem eles não teriam seguido. Esta circunstância terá produzido também no Espírito de cada leitor o desejo de um novo impulso no caminho da sua redenção espiritual. E quando, a seu tempo, os irmãos leitores aportarem de regresso ao respectivo plano espiritual, hão de constatar maravilhados, quanto estes conselhos e ensinamentos serviram para o cumprimento na Terra de quanto no Alto haviam prometido realmente cumprir. 

Em seguida eu referirei um detalhe da vida espiritual ainda pouco conhecido dos viventes atuais na Terra, e de grande vantagem para todos em que o conheçam desde agora. Quero referir-me, então, ao que no Alto sucede muito freqüentemente aos desencarnados que ali aportam na ignorância de como se encaminharem em seu novo estado, e não encontrem de pronto quem os possa guiar ou aconselhar. Poderão estas palavras causar certa surpresa a irmãos relacionados com os ensinamentos espíritas divulgados na Terra, certos como estão de que, possuindo cada ser humano o seu guardião ou protetor espiritual, eles estarão presentes à desencarnação de seus guiados ou protegidos e os encaminharão ao respectivo destino. Esta regra, como todas as demais, tem suas exceções que convém conhecer. Acontece muito freqüentemente, como disse, que aquelas Entidades não se encontrem presentes ao ato desencarnatório, por motivos superiores ou necessários mesmo, e o desencarnado pode vir a encontrar-se como em pleno deserto, ou cercado por outra espécie de Entidades desejosas de se divertir com ele. Isto pode acontecer em virtude de uma destas duas razões: ou por ter sido mal ouvido na Terra aos conselhos ministrados pelos seus guardiões ou protetores incumbidos de os assistir em sua vivência terrena, ou por entenderem em sua alta recreação, que deviam viver a vida a seu modo, apesar dos conselhos recebidos durante o sono do corpo ou por inspiração diária. Seus guias ou protetores podem ter desistido da tarefa que vinham desempenhando abnegadamente junto a estes irmãos encarnados, no uso de um direito que as leis espirituais a todos conferem, podendo dar-se então que no momento de desencarnarem esses irmãos não encontrem, ou talvez não enxerguem, quem os receba e encaminhe ao seu plano de vida. Nestes casos é que se torna imprescindível saber cada um como proceder a fim de não vir a cair em mãos de quem possa transformá-los em seus escravos por tempo indeterminado, e obrigá-los à prática de quanto por sua livre vontade seriam incapazes de praticar. 

No sentido de evitar situações como esta é que desejo instruir os meus estimados leitores, esclarecendo-os acerca de como proceder. Eu acredito sinceramente que o fato de um irmão encarnado ter adquirido e estudado este livro, já revela por si mesmo um certo grau de entendimento e compreensão acerca das coisas relacionadas com a vida espiritual. Pelo menos isto nos dá a esperança de que esta leitura será capaz de impedir que o leitor venha a encontrar-se na situação acima descrita. Mal nenhum existe, porém, em que eu divulgue nestas linhas a maneira de proceder na situação descrita, servindo esta divulgação inclusive para que o irmão leitor elucide por sua vez alguém que necessite de a conhecer. Direi então que o processo a utilizar por quantos possam vir a encontrar-se em má situação ao aportarem no mundo espiritual, seja em que plano for, é, em primeiro lugar, a concentração mental no Senhor Jesus, procurando entrar em comunicação direta com o Divino Salvador. Em seguida, a elevação de uma prece com verdadeira unção, atrairá instantaneamente algum dos emissários do Senhor a tomar conhecimento da situação e providenciar o socorro. É este o processo ou a fórmula capaz de remediar a situação aflitiva em que alguém possa vir a encontrar-se ao deixar a Terra na ignorância do caminho a seguir.

Já tem acontecido a almas que partiram da Terra em situação de grande perturbação espiritual, como sucede não raro a quantas desencarnam em meio de lutas guerreiras ou mesmo individuais, chegarem ao espaço com todos os sentidos perturbados e por isso incapazes de se darem conta da própria situação. Em muitos destes casos, certa classe de Espíritos afeitos à prática do mal apoderam-se dessas almas, retiram-lhes a consciência de si mesmas e a memória, e passam a utilizá-las como auxiliares escravizados na prática de malefícios aos irmãos encarnados, malefícios que aquelas almas, conscientemente, seriam absolutamente incapazes de praticar. Essa situação pode durar muito tempo, anos e anos, até que algum fato possa vir a libertar aquelas almas do jugo dos Espíritos do Mal. 

A propósito eu relatarei um fato só, que poderá elucidar-vos melhor. Desencarnou há tempos no Brasil - no primeiro quarto do século atual - um jovem oficial do Exército em conseqüência de haver tomado parte ativa num movimento revolucionário, no qual recebeu ferimentos mortais. Foi recolhido e tratado convenientemente, mas não desejava sobreviver, tal havia sido o seu empenho na deflagração do movimento fracassado. Seu Espírito encontrava-se por isso envolvido numa nuvem de ódio àqueles que podiam cantar vitória, preferindo o jovem oficial deixar o mundo a ver-se curado para enfrentar novamente a vida que arriscara. Nesta situação verificou-se a desencarnação. Seu Espírito encontrou-se então livre do corpo bastante ferido, porém incapaz de se traçar um rumo devido à nuvem de ódio que o cercava. Ele foi recolhido em tal situação por uma poderosa falange de malfeitores, que imediatamente o submeteram aos serviços de sua equipe, retirando-lhe antes a consciência e o uso de seus conhecimentos. Este irmão prestou a seguir àquela falange de malfeitores todos os serviços que lhe foram ordenados durante vários anos, até que se tornou possível às falanges do Bem encontrar uma oportunidade de o libertarem. Isto se verificou por intermédio de uma organização espiritista da Terra, aonde uma de suas vítimas foi conduzida pelas Forças Superiores para o necessário tratamento espiritual. Confirmando-se uma vez mais o ditado que “pela vítima se vai ao algoz”, foi fácil às Forças Superiores identificarem aquele irmão escravizado às falanges do mal e retirá-lo dali, a fim de o recuperarem também. Isto foi feito, sendo-lhe restituída um pouco mais tarde à posse da consciência de si mesmo e dos conhecimentos adquiridos, o que levou o nosso jovem irmão a dedicar-se desde então ao serviço de esclarecimento dos irmãos encarnados, salvando quantos lhe seja possível salvar de cativeiro semelhante ao que ele próprio sofreu na inconsciência de sua existência de filho de Deus. 

Este relato é verdadeiro, estimados leitores, e os fatos passaram-se como disse, no primeiro quartel deste século. Apenas omiti nome e detalhes que não estou autorizado a divulgar. Fatos semelhantes têm sucedido em todos os tempos sem que tenha sido possível impedi-los. Isto deve ser previsto em várias circunstâncias, mas há o meio de evitá-los por quantos se preparem devidamente enquanto na vida terrena. O recurso infalível em todos os casos é a prece, como sabeis, contanto que o irmão desencarnado esteja preparado para utilizá-lo. 

As forças do mal ainda são numerosas, infelizmente, e os malefícios que conseguem causar aos irmãos encarnados contam invariavelmente com a cooperação, senão com a direção mesma de irmãos encarnados que assim se afundam numa espécie de pantanal, aonde virão a encontrar-se após a morte do corpo. Tivessem estes irmãos a noção exata do que irão encontrar ao deixarem na Terra os seus despojos, e as conseqüências que hão de viver em relação aos males de que foram autores contra irmãos que nada lhes fizeram, estou bem certo de que mudariam de rumo e passariam desde agora a empenhar-se na prática do bem, e exclusivamente do bem. Desta maneira estes irmãos dados à prática da chamada magia negra receberiam em seu Espírito ainda na Terra uma tão grande messe de bênçãos e luzes, que os conduziriam em seu regresso ao mundo espiritual, a situações de paz e felicidade de que jamais puderam fazer idéia. 

O Senhor Jesus, que me recomendou tratar deste assunto para vosso conhecimento ainda na Terra, deseja que cada um dos leitores exercite praticar a concentração mental e a prece diária, não apenas para o maior bem-estar de sua vivência terrena, como e especialmente para adquirir a faculdade de conduzir-se no mundo espiritual por seu próprio discernimento. Eis, pois, amigos leitores, desde agora em vossas mãos a chave, por assim dizer, que abre todas as portas à felicidade que há tantos séculos buscais em as numerosas encarnações vividas neste pequeno mundo de Deus. Eu me sentirei igualmente feliz se tiver a ventura de constatar que minhas palavras foram dignas da vossa atenção, como me atrevo a afirmar ao fim do presente capítulo. Ficai, pois, na paz do Senhor, que vos observa, inspira e dirige em mais uma de vossas numerosas existências terrenas. 

 

 

 

 

Psicografada por
Diamantino Coelho Fernandes

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