E L U C I D Á R I O

Obra Ditada pelo Espírito de Paulo de Tarso
 
  Sob a Nova Ordem de Jesus  
 
 
  CAPÍTULO 46  
     
     
 

Da necessidade de muitos seres humanos alterarem seu rumo atual - Recordem homens e mulheres que são almas encarnadas - A lição da experiência - De como conservar a juventude - Um ensinamento científico ainda pouco divulgado

 
     

 

Se me fosse permitido penetrar no íntimo de todos os seres humanos atualmente na Terra, e dizer-lhes com toda a minha sinceridade que a grande maioria deles necessita de alterar o rumo que vem trilhando em sua existência, eu o faria, pela alegria imensa que isso me daria, quando esses irmãos encarnados se apercebessem da realidade. É bem certo que compete aos homens e mulheres contribuírem em cada uma de suas passagens pela Terra para o aperfeiçoamento das condições que encontram, legando aos sucessores um mundo cada vez melhor, porém não importa este dever na sua absorção completa pelos interesses dessa vida material. Antes de tudo e acima de tudo, devem manter presente em sua memória todos os homens e mulheres que são almas encarnadas, Espíritos de Deus em missão de aprimoramento moral neste pequeno mundo físico, pelo que lhes incumbe pensar e agir em função do objetivo que trouxeram do Alto para a presente encarnação. E este objetivo, todos o sabem de sobra, é a aquisição de novas luzes para o seu diadema espiritual. Este diadema, estimados leitores, poderá parecer-vos mera figura de retórica para justificar o argumento referente à necessidade que todos têm de se empenhar na prática de atos bons, dos quais possam resultar luzes e bênçãos para o Espírito. Devo dizer-vos porém, que a figura espiritual do diadema existe realmente no Alto em relação a todas as almas em peregrinação pela Terra. Tal seja, portanto, a conduta da alma ao longo dos vários decênios em que aqui permanecer, o seu diadema espiritual será enriquecido das luzes que resultaram das atividades e comportamento da alma no plano terreno, ou, ao contrário, tal seja esse comportamento, as luzes lá deixadas, não vou dizer que se apagam, por serem conquistas realizadas pela alma; porém podem sofrer a conseqüência de certas más ações do plano terreno, cobrindo-se de uma espécie de névoa que a todos nos entristece. Acontece ao diadema espiritual nos casos que acabo de referir, o mesmo que verificais no vosso sistema de iluminação quando sucede um enfraquecimento da corrente dos geradores. Vossas lâmpadas conservam-se acesas, porém tão fracas em sua projeção luminosa que podeis fitá-las a olho nu sem o menor reflexo. No Alto sucede coisa parecida ao diadema pertencente às almas que na Terra se desviam do caminho reto ou nada fazem no sentido de reforçar, ampliando-a, a luminosidade do seu diadema espiritual. 

Alonguei-me um pouco no assunto do parágrafo anterior, mas o fiz com o importante objetivo de vos esclarecer um pouco o que conheceis a respeito dos reflexos da ação das almas na Terra, pró ou contra o seu progresso espiritual. Repetirei então aqui as minhas palavras iniciais de que se me fosse permitido eu penetraria em todos os corações com o objetivo de que todos os seres humanos seguissem sempre os caminhos certos e só praticassem boas ações. Isto, contudo, não me é permitido, nem a mim nem mesmo ao Senhor Jesus, que o faria igualmente com o mesmo fim, e isto porque tendo sido concedido aos homens e mulheres o uso do livre arbítrio, é necessário que eles mesmos se conduzam como lhes parecer melhor, e até que errem de vez em quando para sentirem também eles próprios as conseqüências do erro. É princípio aceito em todos os planos do Universo, inclusive no vosso pequeno mundo, que mais facilmente se assimila uma lição pela experiência adquirida do que pela simples explanação do assunto, o que constitui uma verdade autêntica. E aqui me ocorre a repetição do fato tão vosso conhecido, da criança à qual a mãezinha tanto recomendara que não tocasse na brasa para não se queimar. Apenas a mamãe se afastou, a criança na sua curiosidade infantil não resistiu à tentação de experimentar o contato de uma brasa tão bonita e tocou-a com o dedo. Aquele grito que emitiu ante a pequena queimadura, valeu por uma experiência para toda a sua vida. Ficou sabendo, porque sentiu que o fogo queima, e dessa convicção ficaram impregnadas todas as suas células. A experiência é, pois, o nosso maior professor na vida espiritual. A diferença que existe, entretanto, entre a experiência da criança que queimou o dedo na brasa e os seres humanos, é que estes, uma vez praticada a falta ou infração às leis divinas, nem sempre podem corrigir-se na mesma existência terrena. Casos existem que se transportam para o plano da alma e só podem ser recuperados numa existência futura. Citarei aqui por exemplo, o fato de algum ser humano, seja porque motivo for, vir a interromper a existência de outro, contrariando o princípio divino do não matarás. Ainda que o ser humano que tal infelicidade tiver, venha a ser punido pelas leis humanas, vendo-se privado da liberdade de locomoção, ele terá de sofrer pena semelhante à falta cometida, em sua próxima encarnação. Mas isso não é tudo, infelizmente, para o ser humano que tal falta cometer. Após haver deixado na Terra os despojos materiais que usou, essa alma dificilmente encontra sossego onde quer que se encontre. Ficou de tal maneira gravado em seu corpo fluídico o ato praticado contra um seu semelhante, que isso pode ser visto por todas as almas do seu plano, o que é bastante triste para o faltoso. Mas decorrem desses atos ainda outras conseqüências. Se, por exemplo, o conjunto de almas de um determinado plano, pelo seu merecimento, dedicação e experiência adquirida, vier a ser promovido a mais elevado nível de vida espiritual, dessa promoção tem de ser excluídas as almas portadoras da marca deixada pela interrupção do fio de vida de outras almas na Terra. E isto pode vir a repetir-se mais de uma vez no Alto; a sua preterição em ascender a outros planos de vida espiritual, que muitas dessas almas infelizes passam a empenhar-se decididamente para regressarem à Terra, já com a determinação de serem vítimas do mesmo ato. Daí o dizer-se que nem todas as vítimas são inocentes. Nesta existência, é possível que o sejam; porém, sendo a vida uma só através dos milênios e por todo o porvir, temos de aceitar que até hoje, a única vítima inocente foi o Senhor Jesus ao tentar conduzir a humanidade pelos caminhos de Deus. 

Devemos lamentar sinceramente, por conseguinte, sempre que presenciarmos ou tivermos notícia do sacrifício de qualquer dos nossos irmãos terrenos, porque nele se refletirá uma nova infração à lei divina. Contudo, devemos lamentar muito mais o criminoso do que a vítima, considerando que aquele adquiriu um novo carma a resgatar aqui mesmo, ou mais tarde, quando a Providência Divina determinar. Quanto à vítima, poderemos admitir que nesse ato se operou a recuperação de uma falta do passado. Devemos então orar por ela, para que a mesma possa reconquistar o precioso tempo perdido entre os atos em que tiver sido autor e vítima. 

Em seguida quero ministrar-vos um ensinamento ainda pouco divulgado entre vós, e do maior interesse para todos os leitores, quiçá para todos os seres humanos. Quero referir-me então à maneira pela qual os homens e as mulheres devem proceder a partir de certa altura da vida, mas também desde a mocidade, que muito melhor será para todos. É comum verificar-se por toda a parte o empenho dos homens e das mulheres da meia idade em diante, em se tornarem jovens na aparência física, pelo constrangimento de se acharem menos belos do que antes. Notam as primeiras rugas na face e nas mãos e se reconhecem francamente no caminho da velhice, mas com verdadeira tristeza. Eu lhes ensinarei aqui a maneira de todos poderem conservar a juventude do corpo e conseqüentemente sua bela aparência física. O processo é adotado em mundos mais adiantados do que a Terra, onde os corpos se conservam jovens e belos por toda a vida dos seres neles viventes. 

Começarei por vos reafirmar que nada contribui tanto para o envelhecimento da matéria quanto estes dois elementos: a contrariedade e o pensamento. A contrariedade, originada, ou do interesse contrariado ou de algum fato desagradável, provoca no íntimo um verdadeiro distúrbio glandular. Esse distúrbio altera por algum tempo toda a função orgânica, com o que sofre, e muito, todo o processo do metabolismo. Desse distúrbio ainda resulta a necessidade da eliminação pela pele, dos resíduos celulares devidos à contrariedade que lhes deu causa. A eliminação desses resíduos produz nas partes da pele exposta ao ar uma ação desagregadora, culminando na elasticidade dos poros. As pessoas fáceis de se contrariarem vão perdendo lentamente aquele belo aspecto dos vinte anos, que de outra maneira podiam e podem conservar por várias décadas. Uma boa receita para evitar a contrariedade, que não é minha mas de uma Grande Entidade, é evitarem todas as pessoas de se deixarem dominar pela contrariedade no momento que a mesma se apresenta. Então a melhor receita para evitá-la, segundo aquela Grande Entidade, é deixar a contrariedade para o dia seguinte. Se no dia seguinte, decorridas vinte e quatro horas, entenderem que vale a pena se contrariarem, então que o façam. Até hoje, porém, de quantos encarnados adotaram o processo ou a receita, nenhum jamais se contrariou. Resultado: o fígado conserva-se em perfeito funcionamento até aos oitenta ou mais, assim como os demais órgãos, o coração especialmente. E se todos os órgãos internos funcionarem como aos vinte anos, claro que a aparência do ser humano terá de ser a mesma. 

Isto que aí fica, refere-se ao comportamento material em relação ao organismo. Há, contudo, um detalhe da maior importância na conservação da saúde e manutenção da juventude da pele: o movimento intestinal. Deste movimento certo, preciso, regular em cada vinte e quatro horas é que resulta o aspecto sempre belo, atraente da pele em todas as idades. Assim como os seres humanos não podem passar um só dia sem se alimentarem, porque isso é um imperativo da natureza, da mesma maneira há imperativa necessidade da eliminação intestinal diária para a manutenção da saúde, e fator de longevidade. Este particular deve ser observado com o maior rigor por motivos que não necessito de mencionar aqui por serem todos bem conhecidos. 

Referirei a seguir o que diz respeito à ação do pensamento sobre a conservação da saúde, juventude e mesmo da beleza do corpo humano. Já sabeis ser o pensamento o elemento de ligação externa do ser humano, isto é, a forma dele se comunicar com o mundo invisível, tão íntima e perfeitamente quanto aprender a usá-lo diariamente. Pelo pensamento consegue o homem como a mulher atrair do mundo invisível tão belas coisas para o seu bem-estar material e moral, que todos nós desejamos que os encarnados aprendam a utilizar-se diariamente desse poderoso elemento de ligação com os centros espirituais capazes de lhes proporcionar bens e saúde em abundância. O processo é, aliás, bem fácil de usar. Bastará usar o pensamento durante dez a quinze minutos durante a meditação noturna, formulando nesse período a imagem das suas aspirações mais caras. O pensamento projetará no éter que circunda a Terra a imagem dessas aspirações, um desenho, a bem dizer, daquilo que cada qual aspirar, e essa projeção tem a virtude de dar forma àquelas imagens, atraindo-as para quem as projetou. É por este processo que homens e mulheres que aprenderam a pensar metodicamente, mas eficientemente, têm conseguido em todos os tempos realizar aspirações que se tornaram caras ao coração. É também pelo pensamento que o homem como a mulher, podem influir na conservação da saúde e juventude do corpo. Isto se consegue pela adoção do hábito da oração diária na hora de deitar, uma oração proferida em profunda concentração, dirigida ao Senhor do Mundo que é Nosso Senhor Jesus. A oração é conduzida pelo pensamento ao plano mais elevado do mundo espiritual relacionado com a Terra, e traz de volta àquele que a profere, os mais puros fluidos espirituais de saúde e bem-estar. As pessoas que se habituam a este tipo de oração diária, recebem aquela valiosa dádiva do mundo espiritual, como efeito da oração que proferiram. Esses fluidos assemelham-se a um chuveiro de bênçãos que se derrama realmente sobre a fronte daquele que ora, e têm o mérito de se transformar em saúde para a pele e de profundo bem-estar para todo o organismo. 

Na própria via pública nos é fácil identificar as pessoas dadas ao hábito da oração fervorosa de todos os dias. Paira sobre suas frontes um halo de luz azulada, sinal de se tratar de almas boas, sinceras e humildes, característica das almas possuidoras de certo grau de evolução. São possuidoras de tez mimosa, inspiram-nos desde logo uma grande simpatia pela bondade que em seu semblante refletem. Aí está, pois, uma maneira eficiente de todos se conservarem jovens e atraentes até à proximidade dos cem anos, se é que alguém deseja permanecer na Terra por tão longo período. 

 

 

 

 

Psicografada por
Diamantino Coelho Fernandes

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